sábado, 7 de novembro de 2009

Conceito de Gnose ( O que é Gnose ? )


Em filosofia, epistéme significa "conhecimento científico" em oposição a "opinião", enquanto gnôsis significa conhecimento em oposição a "ignorância", chamada de ágnoia.
A gnose é um conhecimento que brota do coração de forma misteriosa e intuitiva.
É a busca do conhecimento, não o conhecimento intelectual, mas aquele conhecimento que dá sentido à vida humana, que a torna plena de significado porque permite o encontro do homem com sua Essência.
O objeto do conhecimento da Gnose é Deus, ou tudo o que deriva dele. Toda gnose parte da crença firme na existência de um Deus absolutamente transcendente, existência que não necessita ser demonstrada.

"Conhecer" significa ser e atuar, na medida do possível ao ser humano, no âmbito do divino. Por isso, "conhecer" implica na salvação de todo o mal (Ego) em que possa estar imerso o homem que venha a possuir esse "conhecimento".
Gnose era ao mesmo um conceito religioso e psicológico. A partir desta visão, o significado da vida aparece como uma transformação e uma visão interior, um processo ligado ao que hoje se conhece como psicologia profunda.
O desejo e as tentativas de conseguir amor e felicidade são a
saudade inesgotável do Pleroma, da plenitude do Ser, que é o verdadeiro lar da alma.
O desejo desse "conhecimento" é uma nostalgia das origens e procede do anelo humano de alcançar a Unidade, do desejo de fusão do homem com o Ser, do qual acredita ter sido originado.
A Gnose é o comportamento religioso que traduz esta profunda e dolorosa sensação que sentem os homens e mulheres pela separação dos pólos humano e divino. É, no fundo, uma tentativa de compreensão das relações entre o homem e a divindade.
Para Jung, muitos gnósticos nada mais eram do que psicólogos.

"A gnose é, indubitavelmente, um conhecimento psicológico, cujos conteúdos provêm do inconsciente. Ela chegou às suas percepções através de uma concentração da atenção sobre o chamado "fator subjetivo" que consiste, empiricamente, na ação demonstrável do inconsciente sobre a consciência. Assim se explica o surpreendente paralelismo da simbologia gnóstica com os resultados a que chegou a psicologia profunda".
Fonte:
www.gnosisonline.or

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O QUE TE FAZ REALMENTE FELIZ?


Existe uma grande diferença entre olhar e ver,
sentir e agir, querer e fazer,
gostar ou se acostumar,
acomodar, amar e se apaixonar,
ficar e estar, andar e ir, rir e sorrir.
E o que te faz realmente feliz?
Esperar e ver no que da? Ou lutar? querer? correr? acontecer?
Amizade (conversar muito com os amigos)?
Dinheiro (e também muitos bens materiais)?
ou você se sente feliz independente de qualquer dessas coisas acima?

Responda a enquete ao lado e se tiver outras sugestões deixe abaixo
nos comentários desse post.


(Matéria sugerida por Denise )

ANTES QUE O DIA ACABE, SEJA FELIZ !



Antes que o dia acabe, seja feliz!
Ajahn Brahm


AJahn Brahm narra, através de histórias simples, como podemos
melhorar nossos pontos de vista por meio da aceitação de nossas qualidades.
Passamos tanto tempo elogiando nossos amigos e pessoas que amamos e nem
percebemos que existe alguém muito mais importante que também precisa dessa atenção:
nós mesmos.

O autor afirma que para afastarmos pensamentos depressivos, temos de ceder maior atenção
as nossas qualidades e nos habituar a elogiarmos e acreditarmos mais em nossos potenciais, lembrando que a aceitação de nossos defeitos não nos torna inferiores, mas a importância que damos a eles pode sobressair às diversas qualidades que temos.

Brahm, atualmente monge budista, relata em uma de suas histórias que quando estavam construindo seu mosteiro, não tinha noção alguma de construção.

Após certo tempo, conseguiu erguer sua primeira parede e percebeu que havia dois tijolos tortos. Durante três meses, ele evitou aquela parede, até o momento que alguém a elogiou.
Então, a partir disso, o monge percebeu que ela não era tão ruim.

Com essa história, podemos entender que aqueles dois tijolos podem representar diversas

coisas que enxergamos, como erros em nossa vida, em nossos relacionamentos ou em nós mesmos. O importante é avaliar o processo como um todo e descobrir que existem outras características especiais que realmente precisam de atenção.

Tudo depende do ponto de vista!
Qual é a coisa mais essencial que você deseja que exista em sua vida?
Reflita sobre uma nova perspectiva de vida.

(Texto enviado por Ana Luiza)

EVITAR ESTRESSE NO RELACIONAMENTO




10 formas de evitar o estresse no relacionamento


Pequenas mudanças podem resultar na felicidade tão desejada
Recentemente, ao acessar o site Minha Vida, me deparei com a seguinte enquete:
"O que mais te estressa?"
Por curiosidade, cliquei para ver a porcentagem dos resultados, e para a minha
surpresa o ranking era o seguinte:

Filhos 10%, Trânsito 18%, Trabalho-19%, Falta de tempo 23% e Relacionamento 30%.

Esses dados me levaram a uma reflexão que eu compartilho com vocês:
"Por qual motivo as pessoas têm se estressado mais com os seus companheiros do que com o trânsito que anda insustentável ou com a falta de tempo que por vezes nos faz abdicar de alguns prazeres pessoais?"
Aliando os meus conhecimentos às minhas idéias e experiências profissionais e pessoais,
cheguei à conclusão que os principais motivos para tal estatística são a rotina, a frustração pela falta de tempo para a família, a irritabilidade por desejar que o outro seja como você, as brigas,
os ataques de ciúme, a ex, o colega de trabalho, as crianças pequenas, as contas da casa,
a situação financeira do casal, a falta de sexo, falta de diálogo e as manias irritantes,
entre outros hábitos.
Portanto, sugiro essas ações como forma de ajudar a reduzir o estresse, e deixar de fazer parte dessa triste estatística, pois é no relacionamento que devemos nos sentir mais felizes, amados, completos e realizados.

1- Diminua o ritmo e procure ir se acalmando e relaxando no caminho do trabalho para casa, ouvindo uma música ou lendo um livro, para que você não chegue em casa na fúria e despeje toda a sua raiva e frustração no primeiro que aparecer na sua frente. Não se esqueça que os familiares e os parceiros não são culpados pelos seus problemas no trabalho.

2- Durante as refeições e principalmente os jantares comemorativos, procure falar a respeito de vocês, dos sonhos e dos planos para o futuro, aproveitando esse tempo para conversas agradáveis e não cobranças, acusações e brigas.

3- Procure atividades que agradem aos dois e que possam ser feitas em conjunto para sair da rotina, como por exemplo, caminhar no parque, correr de Kart ou passear na praia. Mas lembre-se que tudo deve ser feito na base da diversão e não da disputa, pois vocês não são rivais e não existe "o melhor" ou "o campeão" no casal.

4- Converse com o seu parceiro (ou parceira) sobre os seus problemas, ao invés de despejá-los sobre o outro. Se algo está acontecendo na sua vida, converse e exponha os seus sentimentos, ao invés de gritar "Não é da sua conta" ou "Não adianta, você não entende." Lembre-se que o fardo quando compartilhado é mais fácil de ser carregado.

5- Evite "dar motivo" para brigas fazendo coisas que você sabe que a outra pessoa não gosta. Por exemplo, demorar muito para se arrumar e se atrasar ou deixar o banheiro bagunçado e o quarto desarrumado.

6- Respeite a individualidade do outro e permita a ele momentos de solidão e reflexão. Se a sua namorada estiver de TPM ela vai querer ficar sozinha, recolhida em seu canto, mas não é por que ela não te ama, e sim porque quer te poupar do mau humor e da irritabilidade típicos desse período.

7- Evite criticar a família da outra pessoa, pois não é só você, mas todo mundo exige respeito com a mãe, o pai e os irmãos, por mais diferentes e desagradáveis que eles sejam. Também não impeça que as crianças convivam com os avôs e tios.

8- Compartilhe a educação do filho conversando antes de tomar qualquer decisão, para que um não acabe tirando a autoridade do outro, ou passando por cima da confiança do companheiro e das regras da casa. As mães, por exemplo, têm o péssimo hábito de permitir que as crianças saiam sem a autorização do pai, daí, quando o marido chega em casa e não encontra os filhos a briga é inevitável.

9- Amplie a sua forma de ver o mundo, não enxergue tudo com os seus olhos e nem exija que os outros vivam ou ajam de acordo com o que você acha certo. O seu marido não é obrigado a gostar de comida vegetariana, e nem a sua mulher de assistir futebol no bar com os amigos.

10- Não fique junto apenas por conveniência, pois um relacionamento é feito de amor, carinho, respeito e companheirismo. Se nada disso existe, é porque não há mais um relacionamento e sim uma convivência, que talvez até esteja extremamente desgastada e desprazeirosa para ambos.

(Texto enviado por Ana Luisa )

A DOR DO MUNDO EM MIM


A dor do mundo em mim::



A dor do mundo me corrói
A violência do mundo me maltrata
O mundo pesa em minhas costas
Cada criança faminta é uma faca enfiada em meu peito
Cada idoso triste; Cada órfão da AIDS; Cada criança desnutrida
Cada analfabeto; Cada crueldade; Cada morto no Iraque
Cada jovem ou criança na guerra; Cada flagelado da África
Cada mutilado por minas terrestres; Cada criança trabalhando
Cada favelado do Brasil; Cada criança fora da escola; Cada desrespeito
Cada maldade; Cada indigente índio
Cada pessoa que sofre ou que morre sem assistência adequada nos hospitais brasileiros.


Cada quilombola sem terra; Cada sem-teto; Cada indiferença
Cada discriminação; Cada mulher espancada; Cada criança abusada sexualmente ou psicologicamente; Cada criança que apanha dos pais; Cada acidente no trânsito.

A dor do mundo devia ser de todos:
Quando cada árvore é derrubada; Cada rio é poluído; Cada casa cai
Cada onda cobre; Cada furacão passa; Cada vulcão derrama
Cada animal é maltratado ou sacrificado; Cada homem ou bomba explode
Cada arma mata; Cada vida é sacrificada.

A dor do mundo me angustia, me estressa e me adoece e por vezes até me paralisa.

Viajando encontrei um pacifista mexicano, que já percorreu a pé dezenas de países e ao lhe perguntar o que fazer para melhorar o mundo e curar a dor do mundo que havia em mim,

ele me disse:

- Daniela, você precisa aceitar o mundo como ele é, esse é o primeiro passo pra ter força pra modificá-lo.

Ouvir essa frase foi fundamental para eu entender que o estresse causado pela dor do
mundo em mim mina minhas energias e que eu preciso aceitar o mundo como ele é e
que preciso exercitar a resiliência e a paciência.
Para curar a dor do mundo em nós, é preciso aceitação.
Mas para mudar o mundo, com certeza é preciso muito amor.
O sociólogo e amigo Betinho me dizia:

"Não podemos perder a indignação".

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Todo dia é dia de mudar o mundo, e é o que acredito a maioria das pessoas deseja,
mas não sabe como conseguir.
A paz é um sonho da maior parte da humanidade e somos parte do Todo,
mas não adianta somente sentir a dor do mundo e se sensibilizar com ela ou com os problemas sociais, é preciso agir e fazer o que está ao nosso alcance.
Quando estava escrevendo esse texto ouvi essas frases, atribuídas a São Francisco de Assis:

Dai-me coragem para mudar o que é possível mudar
Dai-me paciência para aceitar o que eu não posso mudar
Dai-me discernimento para distinguir entre uma coisa e outra.

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Todo dia é dia de recomeçar, de repensar a vida, de entender os nossos próprios limites,
mas também de nunca desistir de lutar pela vida.

terça-feira, 5 de maio de 2009

FRASE DA SEMANA


"Os homens que tentam fazer algo e falham são infinitamente
melhores do que aqueles que tentam fazer nada e conseguem. "
( Lloyd Jones )
Enviada por: Rafael L Branco

Com tempo Ruim, todo mundo também dá bom dia!



Com tempo ruim, todo mundo também dá bom dia

A frase acima é do nosso saudoso cantor e compositor Gonzaguinha de uma música sua que diz - “cantar nunca foi só de alegria; com tempo ruim, todo mundo também dá bom dia”.

Acho bastante pertinente começar esse artigo com esse título.

Hoje, às 8:44h, encerrou-se o verão, corpos sarados e bronzeados, vestidos floridos, sandálias rasteiras, bares abarrotados de gente, motocicletas reluzentes, academias lotadas, passam a dar lugar ao tempo menos caloroso, tempo do outono que sucede o verão e prepara a chegada do inverno.

Outono tempo de folhas secas ao chão e, aproveitando a rima, porque não, tempo de reflexão. Faz parte do nosso DNA uma certa tristeza pelo tempo que não é de sol intenso, tempo que não lembre férias, carnaval e cabelos ao vento na estrada; dizem até que em países nórdicos, com o frio intenso, as pessoas tendem a serem depressivas.

Felizes, então, somos nós, pois vivemos em um país tropical e aqui não quero desmerecer nenhum outro país que não o seja, pois todos têm sua beleza.

Como a natureza, todos nós temos nosso tempo de outono, nosso tempo em que devemos

parar e refletir a respeito de tudo que envolve a vida e, particularmente, a nossa.

Há dias em que acordamos sem a mínima vontade de sair da cama; seja pelo mau tempo lá fora; ou pelo mau tempo dentro de nós.

Um amor que se foi; um problema com um filho; situações de difícil solução no emprego;

uma crise no casamento; a violência nas ruas; contas e mais contas em cima da mesa;

a preocupação do resultado de um exame médico; a tal crise mundial, enfim...

Poderia aqui enumerar muitos motivos para não se levantar e ficar bem quieto embaixo das cobertas... Sei muito bem que cada um de vocês que me lêem tem os seus...

e respeito cada um deles.

Mas acontece que o fato de não querer sair, o fato de não querer mover uma palha, o desânimo,

o medo de perder, os problemas financeiros, não irá mudar em nada o curso da sua vida...

Vá atrás de algo, invente em tempos de crise... Temos que ser criativos!

Tudo lá fora está se movendo - queira você ou não- e a vida, essa que Deus lhe deu, nada tem a ver com seus problemas cotidianos externos.

Isto é passageiro.

Hoje você está assim, mas você, pessoa humana, não é assim, você está hoje como:

João, Maria, Roberto, Lucia, Gilberto, Claudia, Regina ou que o valha, mas você é mais que isso. Dentro de você existe um espírito de luz que o conduz a ter uma vida plena de felicidade.

Esse nome e esse corpo é só um veículo que identifica você no planeta Terra, nada mais que isso. Quando você começar a entender, tudo em sua vida irá começar a fazer sentido, você deixará de sentir desânimo, irá descobrir que dentro de você está o caminho, está a força para sair de toda e qualquer situação que freia os seus dias.

Não se deixe levar jamais pelo que os outros falam ao seu respeito.

Pessoas assim não querem seu bem; procure viver sua vida com harmonia e determinação, perseverando sempre em busca daquilo que quer ou de onde quer chegar.

As pessoas falam demais e, em geral, nada agregam à sua vida;

procure conversar com pessoas pra cima e que melhorem sua auto-estima.

Não existe tempo bom ou tempo ruim para quem acredita na felicidade;

existe só o seu tempo de querer mudar, de ter a coragem de pular da cama,

tomar o seu banho, o seu café e, apesar da chuva lá fora, sair para a sua vida,

aquela que é sua e de mais ninguém; pois com tempo ruim todo mundo também

dá bom dia.

Pense nisso!

sábado, 21 de março de 2009

A CAMINHO DOS 99,9999995%


A CAMINHO DOS 99,9999995%
Só chegará a 99,9999990.

Recebi, de fonte fora dos meios "iteanos", a mensagem abaixo atribuida ao Eng. Gilberto Geraldo Garbi/ELE66.
Gilberto Geraldo Garbi, para aqueles que não o conheceram, foi um dos alunos classificados a seu tempo como UM DOS MELHORES ALUNOS DE MATEMÁTICA que já haviam adentrado o ITA, entre outras honrarias que recebeu no ITA. Foi Presidente da Comissão de Trote de 1965, que aplicou o trote na T69. Depois de graduado, desenvolveu carreira na TELEPAR, onde chegou a Diretor Técnico e Diretor Presidente, sendo depois Presidente da TELEBRAS.
Não sei se o artigo é REALMENTE dele, mas em qualquer caso eu o ENDOSSO e somo os meus 0, 0000005% aos dele.


"Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas populares. Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.

Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar.
Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo...

(Quem nunca ouviu falar em Salazar, por favor, pergunte a um parente com mais de 60).


Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...


Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa. Como você não é muito chegado em Aritmética, exceto nos cálculos rudimentares dos percentuais sobre os orçamentos dos ministérios que você entrega aos partidos que constituem sua base de sustentação no Congresso, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 0,9999995%.
Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.
E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo; dos que detestam o trabalho e o estudo; dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal; dos que almejam os cabides de emprego, as sinecuras e os cargos fantasmas; dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos; dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa; dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os privilegiados; dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado; dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família; dos que são de tal forma ignorantes e alienados que se deixam iludir pelas prostitutas da política e beijam-lhes as mãos por receber de volta algumas migalhas do muito que lhes vem sendo roubado desde as origens dos tempos; dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.

Antes e depois de mim, muitos outros brasileiros, incomparavelmente melhores e mais lúcidos, chegaram à mesma conclusão e, embora sejamos minoria, sinto-me feliz e honrado por estar ao lado de Rui Barbosa. Já ouviu falar nele? Como você nunca lê, eu quase iria sugerir-lhe que pedisse a algum de seus incontáveis assessores que lhe falasse alguma coisa sobre a Oração aos Moços... Mas, esqueça... Se você souber o que ele, em 1922, disse de políticos como você e dos que fazem parte de sua base de sustentação, terá azia até o final da vida.
Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada. Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.
E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade, embalado que estava com uma vitória popular que poderia fazer com que o Congresso se curvasse diante de sua autoridade moral, se você a tivesse. Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos. Infelizmente para o Brasil, mas felizmente para os objetivos pessoais seus e de seu grupo, você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda? Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam, nem se entregaria a seu permanente êxtase de vaidade e autoidolatria.
Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes. Esse é seu legado maior, e de longa duração:
- o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis". Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer. Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder, tornando-a generalizada e fazendo-a permear até os últimos níveis da Administração.
O Brasil, sob você, vive um quadro que em medicina se chamaria de septicemia corruptiva. Peça ao Marco Aurélio para lhe explicar o que é isso. Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.
Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa. A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques? Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?
Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor, a mesma política que você manteve integralmente e que fez a economia brasileira prosperar. Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão, mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho, mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas, mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante, mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las, mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.
Por falar em Ongs, você comprou a esquerda festiva, aquela que odeia o trabalho e vive do trabalho de outros, dando-lhe bilhões de reais através de Ongs que nada fazem, a não ser refestelar-se em dinheiro público, viajar, acampar, discursar contra os exploradores do povo e desperdiçar os recursos que tanta falta fazem aos hospitais.
Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas. Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós. Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia. Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.
Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado. Seu desprezo por aquilo que as pessoas honradas consideram Justiça manifesta-se o tempo todo: quando você celeremente despachou para Cuba alguns pobres desertores que aqui buscavam a liberdade; quando você deu asilo a assassinos terroristas da esquerda radical; quando você se aliou à escória do Congresso, aquela mesma contra quem você vociferava no passado; quando concedeu aumentos nababescos a categorias de funcionários públicos já regiamente pagos, às custas dos impostos arrancados do couro de quem trabalha arduamente e ganha pouco; quando você aumentou abusivamente as despesas de custeio, sabendo que pouquíssimo da arrecadação sobraria para os investimentos de que tanto carece a população; quando você despreza o mérito e privilegia o compadrio e o populismo; e vai por aí...
Justiça, ora a Justiça, é o que você pensa... Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta. Aliás, se você estivesse realmente interessado, como deveria, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo? E se há coisa que você e o Partido dos Trabalhadores definitivamente detestam é o trabalho: então, muito mais fácil é o atalho das cotas, mesmo que elas criem hostilidades entres as cores, que seus critérios sejam burlados o tempo todo e que filhos de negros milionários possam valer-se delas.
A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas. O que houve entre o BNDES e as redes de televisão? O que você mandou fazer a Arnaldo Jabor, a Boris Casoy, a Salete Lemos? Essa técnica de comprar ou perseguir é muito eficaz. Pablo Escobar usou-a com muito sucesso na Colômbia, quando dava a seus eventuais opositores as opções: "O plata, o plomo". Peça ao Marco Aurélio para traduzir. Ele fala bem o Espanhol.
Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem. Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade? É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas. Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente, mas que caiu em seu colo.
Tudo, então, pode se resumir ao dinheiro e grande parte da população parece estar disposta a ignorar os princípios da honradez e da honestidade e a relevar as mentiras, a corrupção, os desperdícios, os abusos e as injustiças que marcam seu governo em troca do prato de lentilhas da melhoria econômica. É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien". Você não entendeu, não é mesmo? Então pergunte à Marta. Ela adora Paris e há um bom tempo estamos sustentando seu gigolô franco-argentino... "
Gilberto Geraldo Garbi 16/02/2009